Lembrando que a comunicação de um casal não se restringe ao diálogo, mas a todas as outras formas como escrita, gestos, atitudes, comportamento, expressões faciais, olhares, postura corporal, enfim toda a intimidade que envolve uma a convivência do par no dia a dia.
Quando o diálogo fica truncado, difícil, ou até inexistente, são sinais importantes de que o entendimento não está bom ou que conflitos existem e precisam da atenção de ambos para que possam ser resolvidos. Porém diante das atribuições e correria do cotidiano isso nem sempre é possível, pois exige disposição e esforço para que se enfrente e suporte situações atribuladas e adversas.
Dificilmente as partes avaliam ou refletem sobre o quanto são responsáveis ou participativas para a realidade problemática que tenha se instalado entre eles, é mais comum se acusarem mutuamente, responsabilizando um ao outro pelos desencontros ou brigas ocasionados. Diante desse corriqueiro fenômeno nos relacionamentos é importante que se destaque a necessidade de muita paciência, tolerância, disposição e assertividade, pois caso não seja assim, pode-se provocar ainda mais desgaste e até a ruptura do relacionamento.
Entretanto diante de tamanho estresse e mágoa o caminho para esta busca fica mais difícil, pois esbarram em características individuais e muitas vezes em dificuldades ou conflitos pessoais.
É preciso estar atento aos próprios impulsos para que o desentendimento não cresça ainda mais e torne a convivência insuportável, afinal os dois sempre se vêm cada um como o correto ou coberto de razão. E nessa disputa não cabe vencedor, mas sim, cedente, ambos têm que ceder em suas convicções e certezas para desarmar as defesas e olhar para os bons sentimentos e a real intenção de cada um.
Nem sempre é possível tratar dessas questões, pois os ânimos quase sempre se encontram alterados e a briga é inevitável, assim é importante voltar a atenção para cada um e aliviar suas mágoas e ressentimentos que a situação esteja provocando ou mesmo delinear uma trégua para que não venham a se machucar ainda mais.
A vida a dois é uma arte, pois exige de ambos características não muito estimuladas pelo cotidiano como criatividade, iniciativa, ousadia, muita afetuosidade, predisposição ao positivismo, bom humor, receptividade, serenidade, empenho, dedicação, etc., etc... É essencial que cada um cuide para que esta arte aconteça e para que a obra seja inigualável e absoluta em sua plenitude e felicidade.
Fonte :Eduardo Yabusaki – Colaborador do site do Dr Gerson Lopes, Psicólogo e Psicoterapeuta
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