segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cefaléia e Enxaqueca

A Cefaléia é uma das queixas que mais frequentemente os médicos ouvem na prática de consultório e de ambulatório. Os pacientes procuram o especialista em razão de cefaléias crônicas ou recorrentes, que não melhoram ou que ocorrem por meses ou anos.




Enxaqueca ou  Cefaléia

Enxaqueca : A dor típica da enxaqueca é pulsatil, latejante, forte, só de um lado da cabeça. A luz e o barulho incomodam, o paciente apresenta náuseas, às vezes vômito, e a dor piora com exercício físico ou atividades rotineiras.


 Cefaléia tensional : A dor é de moderada a fraca intensidade, não lateja, é uma dor em peso ou aperto, ocorre em um dos lados da cabeça e não provoca náuseas ou vômitos. O barulho e a luz não incomodam.



Hormônios  X  Cefaléias

O Estrogênio e a Progesterona  são muito relacionados com  a dor de cabeça. A enxaqueca na mulher é influenciada por diversas mudanças hormonais ao longo da vida, tais como menarca, menstruação, uso de contraceptivos orais, gravidez, puepério, menopausa e Terapia Hormonal.

As crises de enxaqueca estão ligadas ao período menstrual em 60% das vezes, e em 14% dos casos ocorrem exclusivamente nesse período. enxaquecas pré- menstruais podem fazer parte sa síndrome pré- menstrual e atingem um terço das pacientes com enxaqueca.



Enxaqueca menstrual 

A verdadeira enxaqueca menstrual é composta por crises que ocorrem apenas entre dois dias antes da menstruação, e em menhum outro dia fora desse período. Nesse critério mais restrito, encontra-se apenas 7% das pessoas com enxaqueca.
O tratamento é a base e anti-inflamatórios, e outros medicamenstos para tirar da crise, porém devem ser usados de 5 a 7 dias antes da menstruação.
Medicamentos profiláticos como antidepressivos e anticonculsivantes, normalmente são usados no tratamento preventivo, mas também podem ser adminstrados durante todo o ciclo menstrual.



Climatério

Quando a reposição de estrogênio é indicada nesse período, pode ocasionar piora da cefaléia. É a chamada "cefaléia da reposição hormonal ". Medidas como redução da dose do estrogênio, geralmente são eficazes contra essa dor de cabeça.


Contraceptivos orais

Os contraceptivos podem induzir, aliviar ou modificar o tipo de cefaleia. Os contraceptivos orais de 3ª gestação apresntam baixo risco de incidência de cefaléia. No entanto o risco de acidente vascular cerebral deve ser considerado, especialmente em mulheres tabagistas, com enxaqueca, com hipertensão e outros fatores favorecedores de trombose.


Tratamento preventivo

Neuromoduladores são também conhecidos como anticonvulsivantes, medicamentos de nova geração, excelentes para o tratamento preventivo da enxaqueca.O primeiro a ser usado foi o ácido valproico, porém apresenta alguns efeitos colaterais como tremores, enjoos e aumento e peso..


Novos tratamentos das enxaquecas

O topiramato é uma droga que vem senso usada com certa eficácia e vantagem sobre as outras, pois pode induzir à perda de peso, fazendo com que haja boa adesão ao tratamento, principalmente por parte das mulheres.

O topiramato  usado por pacientes que usam contraceptivos orais , pode ter sua eficacia contraceptiva reduzida, mesmo na ausência do sangramento de escape.

Como a dor de de cabeça é um distúrbio neurológico  frequente e com maior impacto na qualidade da vida dos pacientes, é necessário que se faça um tratamnento preventivo com seu Médico, para que haja uma proposta adequada para  cada pessoa , de forma individualizada .

Escrito por Drª Magda Paradela
Fonte Dr:Líster de Macedo Leandro

TPM Tensão Pré- Menstrual

A TPM é um desquilíbrio orgânico que atinge cerca de 75 % das mulheres entre 20 e 45 anos, que se manifesta como um conjunto de sintomas físicos e emocionais que costuma ser intenso de 3 a 5 dias antes da menstruação.

Os sintomas mais comuns são : irritabilidade acentuada, sensibilidade excessiva, depressão, dor nas mamas, inchaço e desejos alimentares descompensado, principalmente para doces.

Mesmo com as queixas frequentes, mais da metade das mulheres nunca procurou atendimento médico. As principais razões são a idéia de que a TPM é passageira e a percepção equivocada de que não há abertura para falar com o médico sobre ela.

Não procurar o médico pode ter consequências sérias. Isso porque é muito fácil confundir os sintomas de algumas doenças com os sinais da tensão pré- menstrual e o Ginecologista ajuda a desfazer a confusão.

Se você percebe que está triste o mês inteiro, não dá para jogar na TPM a culpa pela vontade de  chorar e de ficar na cama. A dor de cabeça, por exemplo pode ser sinal de fibromialgia, e as mamas doloridas, sintoma de doença mamária fibrocistica ( antigamente  chamada de displasia mamária ).



O que podemos fazer para melhorar a TPM  ?



 Mexa-se contra a TPM.

 Os exercícios liberam endorfina no organismo, uma das principais substâncias responsáveis pela sensação de bem -estar, diminuindo o tormento causado pela TPM.

Os exercícios aeróbicos como corrida, natação e bicicleta, tendem a liberar mais endorfina.

Se você optar por uma academia, aproveite para ver se tem um serviço diferenciado, como muitas oferecem com massagem e drenagem linfática para ajudar na eliminação de dos líquidos retidos.



Cardápio Anti TPM :

Reduza o consumo de cafeína. Pode estar presente em alguns chocolates, refrigerantes, café , e em medicamentos.

Reduza com moderação o consumo de sal , já que o sódio é responsável pela distribuição dos líquidos no organismo; esta redução irá ajudar o inchaço que é causado pela retenção de água no corpo.

Aumentar a ingestão de fibras, pois na TPM é preciso dar uma força o intestino trabalhar melhor. Consuma frutas com casca, legumes, verduras, cereais e nozes.

Beba mais água.

Escrito por Drª Magda Paradela
Fonte Clube da TPM

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bexiga Hiperativa X Incontinência Urinária

BEXIGA HIPERATIVA

Bexiga hiperativa é uma alteração funcional da bexiga, caracterizada por alguns sintomas como: urinar mais de 8 vezes por dia, urgência urinária ( desejo forte e imediato urinar, o que tem que ser feito imediatamente) e urge-incontinência (a pessoa sente urgência e caso não urine rapidamente, pode perder urina na roupa).


O que ocorre com o organismo na bexiga hiperativa?

Enquanto a bexiga enche, ela deve ficar relaxada, só contraindo na hora de urinar, mas nas pessoas com bexiga hiperativa, o músculo  da bexiga faz contrações fora de hora, durante o enchimento. Essas contrações aumentam a pressão dentro da bexiga e isso leva a uma sensação de urgência. Dependendo do grau dessa pressão, pode ocorrer perda de urina.

  
Tratamento :

O tratamento pode ser medicamentoso, mas medidas comportamentais e técnicas terapêuticas específicas também trazem bons resultados.



Medidas comportamentais:

1)    Controle da dieta - Eliminar ou reduzir a ingestão de alimentos ou de bebidas irritam a bexiga, como:   Chá, café e bebidas com cafeína em geral, álcool, cítricos (bebidas e frutas), tomate e produtos a base de tomate, alimentos muito condimentados ou ácidos e adoçantes artificiais.

2)    Manter a regularidade do funcionamento do intestino-O intestino preso pode aumentar a pressão sobre sua bexiga, gerando efeitos negativos na função urinária.
3)    Manter um peso corporal adequado: sobrepeso ou obesidade provocam aumento da pressão sobre a bexiga, o que contribui para adquirir problemas urinários

O tratamento pode ser medicamentoso, mas medidas comportamentais e técnicas terapêuticas específicas também trazem bons resultados.



INCONTINÊNCIA URINÁRIA 

É a perda involuntaria de urina, que  atua de forma devastadora na qualidade de vida da paciente e pode ser adequadamente tratatadas.

A perda de urina pode ocorrer de forma transitória, geralmente associada ao uso de medicamentos, a infecções de urina e vaginal, a constipação ou problemas de deficiência hormonal, desaparecendo após o tratamento da causa ; ou pode ser persistente ou definitiva com instalação e piora progressiva.

Muitas mulheres tornam-se incontinentes após o parto, histerectomia (cirurgia para retirada do útero) ou mesmo outros traumas na região pélvica. 

Entre os tipos mais comuns de perda de urina existe a incontinência urinária de esforço ou estresse: a perda de urina ocorre quando há um aumento repentino da pressão intra-abdominal como tossir, espirrar, rir, pular, correr ou realizar algum esforço. 


O diagnóstico é clínico, baseado em uma história detalhada. Devemos investigar o inicio dos sintomas, descartando a presença de infecção urinária, cálculos, tumores, doenças associadas como Diabetes, Neuropatias e uso de medicamentos. Durante o exame físico pede-se para a paciente tossir, tentando reproduzir a perda urinária. Também pode ser realizado exame específico como o Teste Urodinâmico que detrmina alterações da bexiga e da uretra, exame de análise da urina deve ser realizado também..


O tratamento vai depender do tipo e das causas da incontinência urinária.
Inclui medidas gerais identificando as possíveis causas da perda de urina, tais como: perda de peso, parar de fumar para diminuir a tosse crônica,tratar a constipação
 
  • Tratamento medicamentoso: há uma grande variedade de remédios para tratar remédiosparatratar os sintomas da incontinência urinária, mas infelizmente muitos delesainda apresentam efeitos colaterais que são pouco tolerados pelos pacientes. O importante é haver um rigoroso acompanhamento médico, para que o paciente sinta-se o melhor possível dentro das possibilidades de tratamentos.
  • Tratamento cirúrgico: quando o tratamento conservador não for indicado, ou mesmo quando não surtir os efeitos desejados existem muitas técnicas cirúrgicas indicadas para tratar a incontinência urinária. É importante procurar um profissional habilitado que fornecerá as melhores soluções para seu problema, sejam elas conservadoras ou mesmo cirúrgicas.
  • Se você perde urina não perca tempo, procure um médico habilitado, existem muitas formas de tratamento que podem ajudá-la a melhorar muito sua qualidade de vida!















Escrito por Drª Magda Paradela
Fonte : Varios textos incluindo Dr Dráuzio Varela






 







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Vaginite Atrófica - Secura Vaginal

A Vaginite atrófica também é conhecida como atrofia urogenital, ou seja,  alterações que afetam as  mucosas vaginal e uretral, devido a diminuição da produção do hormônio estrogênio.


 Sintomas vaginais: Secura vaginal, coceira vulvar e vaginal, dores nas relações sexuais, queimação ou ardor vaginal.

Sintomas  urinários: Dor ao urinar, infecção urinária e incontinência urinária, urgência urinária, fazem parte das queixas durante o atendimento ginecológico e somente 20% a 25 % procuram tratamento.

O processo de atrofia da mucosa urogenital, com perda da elasticidade e lubrificação, predispõe às infecções do canal vaginal, uretra e bexiga, deixando a vagina mais suscetível à sensação de  queimação e coceira, tornando a relação sexual dolorosa e, em muitos casos durante a penetração, pode ocorrer sangramento pelo ferimento das paredes vaginais .

Além das mulheres no climatério e menopausa, a vaginite atrófica pode se manifestar também em pacientes oncológicas, submetidas a radioterapia ou quimioterapia, nas doenças autoimunes, durante a lactação, durante o uso de medicações antiestrogenicas ou em tabagistas.


Tratamento : 

Estrogênios: Podem ser administrados via vaginal em cremes ou óvulos e são eficazes, com melhora ou alívio relatado por 80% a 90 % das mulheres tratadas. Podem ocorrer náuseas, edema e aumento sa sensibilidade mamária, sangramento vaginal, retenção de líquidos nos tecidos, usualmente caracterizados por inchaço no tornozelo e nos pés. Não é recomendado para pacientes com antecedentes de câncer de mama e endométrio.

Promestrieno: Este exerce atividade estrogênica local, restaurando ás características da mucosa vaginal e uretral, é necessário uso diário, uma vez que seus efeitos não são cumulativo. Não é recomendado para pacientes com antecedentes de câncer de mama e endométrio.

Ácido poliacrílico: É um hidratante vaginal que forma uma película de longa duração sobre a mucosa vaginal, permanecendo estável por até 3 dias. Não contém hormônio e pode ser usado em qualquer tipo de paciente e também associada ao estrogênio local, de acordo com cada caso específico.

Estima-se que 25 milhões de mulheres em todo o mundo sofrem na pré e pós-menopausa com a secura vaginal. Entretanto, um grupo adicional de jovens mulheres em idade fértil pode também apresentar o sintoma, devido ao uso de detrminados medicamenstos como para o tratamento da endometriose, da infertilidade e drogas para o tratamento da obesidade e outras.


Escrito por Dra Magda Paradela e revisado em Março/2017