domingo, 10 de julho de 2011

Camisinha é o único modo de evitar Aids e outras DSTs


 Camisinha feminina e masculina
arte aids (Foto: arte / G1)

A Aids é uma doença sexualmente transmissível (DST) que compromete o sistema imunológico. A melhor prevenção é a camisinha, que é muito simples e bem difundida, mas, na prática, nem todo mundo usa. Em quatro das cinco regiões brasileiras, a doença mostra tendência de aumento.
No Norte, o número triplicou entre 1999 e 2009 e, no Nordeste, duplicou. No Centro-Oeste, a alta foi de 55%, contra 43% no Sul. Apenas no Sudeste houve queda, de 18%.
A repórter Marina Araújo foi a uma universidade conferir se os jovens levam camisinha na bolsa ou mochila, e a maioria não tem esse hábito. Alguns admitiram, inclusive, que não usam porque têm parceiros fixos, mas que não fizeram exames antes de abrir mão do preservativo.
No estúdio do Bem Estar desta segunda-feira (20), o infectologista Caio Rosenthal e a educadora Marta McBritton falaram sobre a importância do uso da camisinha para evitar as DSTs.
Idosos, mulheres acima dos 50 anos e homens que fazem sexo com homens mais jovens são os grupos de risco de HIV (vírus da Aids) que mais crescem. Nos anos 1980, eram 15 casos entre homens para 1 em mulheres; hoje é 1,5 caso entre homens para cada ocorrência em mulheres. Na faixa etária de 13 a 19 anos, o vírus atinge 1 mulher para cada 0,8 homem.
A transmissão dos vírus dos tipos B e C da hepatite é mais comum que a do HIV. O Ministério da Saúde estima que cerca de 3 milhões de brasileiros tenham esses vírus, embora apenas 11 mil estejam em tratamento. A doença é de transmissão sexual ou sanguínea e pode provocar câncer no fígado e até levar à morte. A vacina contra hepatite B está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), mas apenas para grupos específicos, como profissionais de saúde e pessoas de 1 a 24 anosOutra DST que, sem tratamento pode até levar à morte, é a sífilis. A estimativa oficial é de que 937 mil brasileiros contraiam a doença por ano. Os primeiros sintomas são feridas na genitália e na virília chamadas de cancro duro. Elas não doem e surgem entre duas e três semanas após a transmissão. Já a gonorreia, que também é sexualmente transmissível, provoca um corrimento amarelado, que mancha a calcinha ou a cueca. Ela se manifesta entre e sete e dez dias depois do ato e é facilmente curável.
Os preservativos são distribuídos gratuitamente nos postos de saúde. A única alternativa à camisinha tradicional é a feminina, que é menos conhecida e colocada dentro da vagina. Lubrificantes sexuais também são distribuídos pelo SUS.
Se você quer ter certeza de que não está contaminado, o teste rápido de HIV sai em meia hora. - Se o resultado for positivo ou indeterminado, é necessário repeti-lo. Com o mesmo sangue, dá para fazer os exames de sífilis e hepatite, que ficam prontos em 15 dias. O resultado é sigiloso e apenas o paciente fica sabendo.
Caso a situação de risco tenha ocorrido há menos de 6 meses, é preciso repetir todos os testes, pois pode haver uma janela imunológica – período em que o organismo ainda não produziu anticorpos contra as doenças e, por isso, não são detectados.
 

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